A Unidas – Rede Intermunicipal de Apoio à Vítima do Douro, Tâmega e Sousa, serviço coordenado pela CIM do Tâmega e Sousa, retoma, no próximo dia 21, o seu ciclo de workshops subordinado à temática da violência doméstica. Designado de “A conversar podemos eliminar a violência”, este ciclo, que entra este ano na sua terceira edição, tem agendada a sua próxima ação, que será subordinada à temática da capacitação e empoderamento das vítimas de forma a reduzir a reincidência, para o dia 21 deste mês, às 13h30, no Auditório Municipal de Felgueiras.

Existem várias razões para uma vítima se manter numa relação violenta e ser, por esse motivo, considerada como reincidente neste tipo de relacionamento abusivo. Entre essas razões estão o facto de as vítimas não reconhecerem o comportamento do/a companheiro/a como violento, terem a expectativa que, com o tempo, estes/as mudem de comportamento ou por quererem continuar a investir no relacionamento, seja por dependência emocional, dificuldade em aceitar que a relação não resultou e/ou dependência económica e financeira.

Nesse sentido, pretende-se com este workshop identificar e interpretar os principais fatores que levam uma vítima a manter-se numa relação violenta e dar a conhecer estratégias de empoderamento que lhe permitam reduzir e evitar a reincidência.

O workshop contará com as intervenções de Célia Isabel Lima Ferreira, Professora da Universidade Lusófona do Porto, de Pedro Silva, Psicoterapeuta e Head Coach Boxing da Skills Academy, e de Mariana de Sousa Monteiro, Dinamizadora do Grupo “Mulheres e Mães de Coragem” do Município de Lousada. A sessão será moderada por Liliane Queirós, Conselheira Local para a Igualdade do Município de Felgueiras.

A participação no seminário é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia até ao dia 18.

INSCRIÇÃO
PROGRAMA
 

Dirigido aos técnicos das estruturas municipais de atendimento às vítimas da região, este ciclo de workshops é também aberto a entidades com competência em matéria de infância e juventude – saúde, educação, justiça, serviço social, IPSS, associações, CPCJ –, bem como aos demais profissionais que trabalhem com intervenção na área da violência doméstica.

De referir que este ciclo de workshops vem dar continuidade ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido neste domínio pela CIM do Tâmega e Sousa, entidade coordenadora da Unidas – Rede Intermunicipal de Apoio à Vítima do Douro, Tâmega e Sousa, a primeira rede intermunicipal a ser constituída no nosso país e que está em funcionamento desde abril de 2021.

Sobre a UNIDAS – Rede Intermunicipal de Apoio à Vítima do Douro, Tâmega e Sousa

Em funcionamento deste abril de 2021, a UNIDAS – Rede Intermunicipal de Apoio à Vítima do Douro, Tâmega e Sousa é uma rede constituída por 11 estruturas de atendimento a vítimas de violência doméstica, uma por cada município do Douro, Tâmega e Sousa, que prestam um serviço especializado, confidencial e gratuito a vítimas de violência doméstica, assegurando-lhes apoio social, psicológico e jurídico. Além destes apoios, estas estruturas disponibilizam também uma resposta especializada de apoio psicológico para crianças e jovens vítimas de violência, um mecanismo que é também um importante contributo na interrupção dos ciclos de violência.

Além do apoio às vítimas, a UNIDAS faz ainda a articulação com as entidades parceiras outorgantes do Protocolo para Territorialização da Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica, tendo em vista uma maior proximidade e eficácia da intervenção e do trabalho em rede.

A UNIDAS destina-se a vítimas de violência (crianças, jovens, adultos e idosos) e a pessoas que procurem informação neste âmbito, residentes ou não nos concelhos da região do Douro, Tâmega e Sousa. Este apoio pode ser prestado em qualquer uma das 11 estruturas de atendimento da rede UNIDAS, independentemente do concelho de residência da vítima ou da pessoa que o procure.

De abril de 2021 a dezembro de 2023, foram 2079 as vítimas acompanhadas pela Unidas, 281 delas crianças e jovens. No mesmo período, a Unidas realizou um total de 13.922 atendimentos a vítimas de violência doméstica, dos quais 2541 foram crianças e jovens.